Essa melancolia
Tão sutil e aguda
Como uma dor pontuda
E nunca vem tardia
O meu coração sofria
E minh’alma então chorava
De desespero, gritava
Eu sabia, ninguém ouvia
Na solidão, ninguém via
Essa criança chorosa
E que tão só, desgostosa
Nadando em prantos, sorria
Não conhecia a alegria
Só sabia de falsidade
Só assistia crueldade
Gastando prantos, sorria
Sorria sem alegria
Porém, jamais sem motivo
Pois confiar no destino
Necessita de euforia
Uma só pessoa havia
Para se dar proteção
E com tal grande missão
Com muita calma, sorria…
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Com certeza, poucos me conhecem o suficiente para entender a essência dessa poesia… Poucas cenas me inspiram tanto quanto meu passado, que guarda recordações muito tristes… Não hei de citá-las em público, no entanto, elas me inspiram em muitas poesias, como essa que escrevi agora…